LÊ-ME
Fevereiro 2020
Expressão.
Onde encontro expressão?
Através do corpo. O corpo fala.
Acho interessante a forma como posso estilizá-lo; explorar os seus limites visuais e conceptuais.
Corpo de quem? De onde? Quando, no tempo, o imprimi na minha memória?
Uma presença.
Um feitio.
Espaço.
Onde encontro espaço? O que pode ser mais amplo e mais leve que uma reta?
E que tal um quadrado?
O equilíbrio.
Quero contraste.
Eu quero uma composição onde cada elemento é diferente e ilimitado como a sua plasticidade.
Erro como oportunidade.
Erro como ferramenta.
Durante o processo criativo, todas as expressões tangíveis encontram-se e dinamizam-se de uma forma inconscientemente sólida.
As cores são espalhadas pela base e, como na nossa natureza, parecem ter instintos, sentimentos... Um conhecimento irracional sobre caminhos e harmonia.
Figuras, retratos, palavras, formas... Pertencem ao suporte.
Trabalho com a contradição entre o conceito “não idealizado” e o facto da obra nunca ter sido externa à sua origem ao seu propósito.
É uma realidade confusa.
Organizo-me por camadas; por estruturas.
É orgânico.
É técnico.
Uma inquietação que procura a estética.
Uma busca constante de respostas, clareza e orientação.
Todos eles expressam os longos pensamentos da minha consciência intemporal e como a minha mente - o inconsciente - lida com eles.
Um diálogo puro.